domingo, 30 de agosto de 2009

O maltratar do cavalo

O cavalo é um animal magnífico e potente.
Mas o cavalo se deixa domar meio fácil.
E sofre muitos abusos.
Este da foto é uma égua (ao menos me parece) e foi mal amarrada em algum lugar na rua para comer grama de alguma calçada.
Só que ela se soltou e ficou por aí arrastando a corda.
Eu se pudesse brigava com o dono dela.
Essa corda pode prender em algum lugar e esganar a equina.
Mas o dono dela deve ser muito pão duro e preguiçoso.
Assim só posso torcer pela amiguinha de quatro patas que de tão magnífica foi reduzida a quase pó.
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Ipê Amarelo

Ipê Amarelo, linda e frondosa árvore.
Só se mostra esplêndida uma vez por ano.
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Máquina de escrever

   Estava andando meio a esmo, procurando um Ipê Amarelo para fotografar, querendo saber se a Regina que abriga cães tinha mesmo se mudado, se o bloqueio da rua continua quando vi essa máquina de escrever.
   Esse lugar é ao lado de um córrego. Foi meio privatizado na surdina e talvez alguma criança brinque lá e essa criança deve ter esse esqueleto de máquina elétrica.
   Achei inusitado e tirei a foto que pena ficou escura. O lugar é muito sombreado. Tem barulho de água e pouca gente deve passar lá. Dá para ficar sonhando muito. E eu também já sonhei com máquina de escrever.
A primeira que usei era uma do meu pai mecânica.
Depois teve a portátil da minha irmã que tinha orgulho dela (era marronzinha bonitinha).
No Museu em que eu trabalhei tinha uma elétrica grande.
Aí acho que a minha irmã comprou uma Olivetti elétrica portátil preta igual a essa e depois eu comprei uma Olivetti portátil branca feita em Singapura.
Essa máquina era linda mas com o passar do tempo não usei mais e como gostava muito dela dei na esperança que fosse bem usada pela pessoa que ficou com  ela.
Meu segundo computador, um IBM Aptiva preto com design super arrojado também foi lindo. Também dei e sei que foi usado até o osso.
Tinha o Windows 95.
Depois disso meus teclados não tem mais mágica.
Até comprei um MAC mas me frustei pela falta dos caracteres da Língua Portuguesa.
E além do mais o computador agora não é mais para escrever mas para muitas coisas do cotidiano.
Acabou a mágica da máquina de escrever.
Mas hoje quando me deparei com essa máquina da foto, meio depenada e cheia de folhas me reencontrei com a menininha que eu sempre busco.
Busco a menininha que eu fui porque ainda sou ela.
E não sei explicar o porquê mas durante toda a vida eu sinto essa idéia de divisão, de distanciamento de mim. É como se todo dia eu estivesse me partindo em pedaços difíceis de reconstruir.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A marca e o conteúdo


A marca Motorcraft sempre esteve presente em minha casa.
Meu pai tinha uma indústria de autopeças e vendia para a Ford.
Não interessava o fabricante, todas as peças levavam a marca da montadora.
Sempre apareciam umas caixinhas dessa marca em casa.
Meu pai devia levar para adaptar alguma coisa.
É conduta corrente essa de uma marca usar produtos de vários fabricantes.
Fabricantes devem ser pessoas com auto-estima alta porque não se importam em ficar no anonimato.
Hoje em dia, com a cultura dos "Quinze Minutos de Fama" o anonimato é uma indecência.
Mas a fama é um caminho difícil de ser percorrido.
As vezes para ser famoso não é necessário ser o criador do conteúdo mas sim o criador da etiqueta.
Por isso tem tanto Ghost Writer por aí.

domingo, 9 de agosto de 2009

O Muro


Há um muro entre mim e eu mesma?

Não.

Mas há distância, estranhamento, desencontro.

Tudo por causa do querer ser e não ser.

É que a gente quer ser especial.

Mas a gente somos inútil!


(música do Ultrage a Rigor)